Conhecimento de libras por parte dos pais de surdos ainda é escasso
Segundo levantamento, mais de 10 milhões de brasileiros são surdos
Em meio a tanta poluição sonora, por vezes a vontade é buscar pelo silêncio. No entanto, há muitos que vivem privados de todo e qualquer som. Segundo levantamento realizado pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda, mais de 10 milhões de brasileiros são surdos. Dentre esses, 2,3 milhões possuem surdez severa, sendo que 9% nasceram com essa condição.
Neste cenário, o aprendizado da língua de sinais se torna imprescindível não só para a criança surda, como também para os pais, que acompanham o desenvolvimento. É o que explica o professor do Clube dos Surdos de Jundiaí (CSJ), Milton Romero Filho, de 45 anos. “A maioria dos pais nunca conviveu com uma pessoa surda e tem muita dificuldade e falta de tempo para aprender libras. Além disso, muitas vezes a criança não consegue se expressar e pode se sentir incompreendida, excluída”, afirma o especialista, também é surdo e que foi criado por pais que não adquiriram a língua de sinais.
Foi justamente com o intuito de estreitar a comunicação com o filho Maicow Nazário que a recepcionista Aureane Nazário da Paz Pacheco, de 45 anos, recorreu ao aprendizado de libras. “Quando meu filho ingressou na escola municipal, ele começou a me perguntar sobre sinais e, como eu não tinha conhecimento, não conseguia ajudá-lo”, conta a mãe.
Atualmente ela se comunica sem dificuldades com o filho. “É um recurso que facilita não só a comunicação dentro de casa, mas também em todos os outros círculos de convivência da criança”, pontua.
O pequeno Maicow foi diagnosticado pela Associação Terapêutica de Estimulação Auditiva e Linguagem (Ateal) aos cinco anos de idade e, logo em seguida, também ingressou no Clube dos Surdos de Jundiaí, onde além de aprender a língua de sinais, construiu uma nova família.
“O CSJ é praticamente nossa segunda casa. Temos uma troca de cultura muito harmônica e edificante”, afirma a mãe.
REABILITAÇÃO
De acordo com a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Jundiaí oferece assistência integral à saúde auditiva por meio de convênio com a Ateal, voltados ao diagnóstico e à reabilitação de pessoas com deficiência auditiva.
Segundo a gestora técnica Tânia Pereira, a Ateal atende hoje 90 crianças e adolescentes surdos, entre eles, 23 possuem perda de audição acentuada e fazem uso de libras. “Contamos com inúmeros profissionais que fazem o acompanhamento dos surdos em diferentes frentes de atuação. São fonoaudiólogos, pedagogos e psicólogos que os auxiliam desde a aquisição da linguagem oral até ao apoio familiar”, compartilha, alegando que, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, mais chance esta criança terá para desenvolver a fala, dependendo do grau da perda de audição.
EDUCAÇÃO
O convênio da Ateal é oferecido na área da sáude e educçaõ. Todo o respaldo que o surdo demanda em seu processo de aprendizado também é tangenciado pelo trabalho da instituição, desde o ensino de libras até a disponibilização de intérpretes na rede de ensino. Segundo a Unidade de Gestão Escolar (UGE), na rede municipal de ensino estão matriculados 36 estudantes com surdez, sendo que 19 possuem surdez leve ou moderada, 16 estudantes severa ou profunda e um estudante é surdo-cego.
“No caso das crianças surdas, o aprendizado da língua de sinais deve vir antes do letramento. Isso porque, diferente de nós, ouvintes, que associamos os sons às palavras, o surdo associa o sinal à palavra”, explica Tânia.
A necessidade de suporte não se limita aos primeiros anos escolares, como também ao ensino superior. Foi por este motivo que Guilherme Henrique Hahnl Oia, de 22 anos, decidiu se dedicar à carreira de intérprete de língua de sinais.
“Ainda carecemos muito quando falamos de inclusão. Prova disso é a escassez de intérpretes que temos no mercado. Eu vejo a importância do meu trabalho para os surdos. É através de mim que eles absorvem o conteúdo passado pelo professor em sala de aula.”, reforça.
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