Quais são os diferentes graus de perda auditiva: Leve, moderada, severa e profunda
A deficiência auditiva possui diferentes níveis, que são: leve, moderada, severa ou profunda. Identificar cada um deles oferece maiores chances de sucesso na escolha do tratamento.
O que é perda auditiva?
A perda auditiva acontece quando há um problema com uma ou mais partes do ouvido, nos nervos dos ouvidos ou na parte do cérebro que controla a audição.
A audição, assim como os outros quatro sentidos, desempenha um papel importante no nosso bem-estar. Portanto quando ela começa a desaparecer, mesmo que lentamente, a sua qualidade de vida também está sendo impactada.
Para se ter uma ideia, o prazo médio para que uma pessoa decida optar por fazer tratamento para a deficiência auditiva é de sete anos. Mas isso é muito tempo para ignorar a perda da audição. Por isso estar sempre verificando a sua audição com um médico especializado é a melhor alternativa.
Isso porque, quando a perda auditiva não é tratada por muito tempo, ela pode continuar a deteriorar-se e afetar diferentes aspectos da vida cotidiana, causando, até mesmo, outros problemas de saúde.
Quando as células auditivas são danificadas ou se deterioram com o tempo, os sinais sonoros enviados ao cérebro tornam-se mais fracos. Logo, a privação prolongada de sinais auditivos para o cérebro, tem sido associada a efeitos negativos nas habilidades cognitivas e de memória.
Quais os sintomas da perda auditiva?
- Dificuldade da fala e reconhecimento de outros sons;
- Dificuldade em entender palavras, especialmente quando existem ruídos de fundo ou está rodeado de pessoas;
- Problemas para ouvir consoantes;
- Frequentemente pedindo aos outros que falem mais devagar, claramente e em voz alta;
- Necessidade de aumentar o volume da televisão ou do rádio;
- Evitar conversas ou vida social;
O que são graus de perda auditiva?
A audição quando livre de problemas ou ruídos é considerada perfeita. Já quando existe perda auditiva total pode se considerar como surdez.
Entre esses dois extremos existem graus de perda auditiva. Eles são utilizados para classificar os pacientes que possuem dificuldades na audição, a fim de oferecer tratamentos mais adequados para cada caso.
Quais os graus de perda auditiva?
Surdez leve ou deficiência auditiva leve: A pessoa só pode detectar sons entre 25 e 29 decibéis (dB). As pessoas podem achar difícil entender as palavras que os outros estão dizendo, especialmente se houver muito ruído de fundo.
Surdez moderada ou deficiência auditiva moderada: a pessoa só pode detectar sons entre 40 e 69 dB. Seguir uma conversa usando apenas a audição é muito difícil sem usar um aparelho auditivo.
Surdez severa ou deficiência auditiva severa: a pessoa só ouve sons acima de 70 a 89 dB. Uma pessoa gravemente surda deve ler os lábios ou usar a linguagem de sinais para se comunicar.
Surdez profunda ou deficiência auditiva profunda: Qualquer pessoa que não consiga ouvir um som abaixo de 90dB tem surdez profunda. Algumas pessoas com surdez profunda não conseguem ouvir absolutamente nada. A comunicação é realizada usando linguagem de sinais, leitura labial ou leitura e escrita.
Como são identificados os graus de perda auditiva?
Existem maneiras diferentes de diagnosticar e identificar os graus da perda auditiva.
- Teste geral de triagem
O médico pode pedir ao paciente para cobrir um ouvido e descrever o quanto ele ouve sobre as palavras faladas, bem como verificar a sensibilidade a outros sons. Se o médico suspeitar de um problema de audição, ele o encaminhará a um especialista em otorrinolaringologia, que provavelmente realizará outros testes. - Teste de diapasão
Também é conhecido como o teste de Rinn. Um diapasão é um instrumento de metal com dois pinos que produz um som quando é atingido. Testes de diapasão simples podem ajudar o médico a detectar se há perda auditiva e onde está o problema.
Um diapasão é vibrado e colocado contra o osso mastoide atrás da orelha. O paciente é solicitado a indicar quando não ouvir mais nenhum som. O aparelho, que ainda está vibrando, é então colocado a 1 a 2 centímetros (cm) do canal auditivo. O paciente é questionado novamente se pode ouvir.
Como a condução aérea é maior que a condução óssea, o paciente deve ser capaz de ouvir a vibração. Se a condução óssea é superior à condução aérea, isso sugere um problema de captação das ondas sonoras na cóclea por meio do canal auditivo. - Audiometria
O paciente usa fones de ouvido para que os sons sejam direcionados em um ouvido de cada vez. Assim, quando emitido os sons, o paciente, que estará em uma cabine isolada, deverá sinalizar cada um som ouvido.
Cada tom é apresentado em vários volumes, para que o audiologista possa determinar em que ponto o som não é mais detectado. O mesmo teste é realizado com palavras. O fonoaudiólogo apresenta palavras em vários tons e níveis de decibéis para determinar onde a capacidade de ouvir se encerra. - Teste do oscilador ósseo
Esse teste é feito para descobrir como as vibrações passam pelos ossículos. Nele um oscilador ósseo é colocado contra a mastoide. Assim o objetivo é avaliar a função do nervo que transporta esses sinais para o cérebro.
Fonte: https://centroauditivoviver.com.br/blog/graus-perda-auditiva/
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