A dificuldade na rotina de surdos com o uso de máscaras
Antes da pandemia, grande parte dos surdos se comunicavam com a leitura labial e analise das expressões faciais, com pessoas que não conhecem a Libra, porém, assim que o uso de máscaras se tornou obrigatório como medida de prevenção contra a Covid-19, tornou-se um grande problema na rotina e motivo de estresse.
De acordo com o IBGE, cerca de 10 milhões de brasileiros possuem ausência total ou parcial da audição, com isso todos têm enfrentado dificuldades no atendimento em locais como supermercados, hospitais, farmácias e até quem teve que voltar a trabalhar presencialmente em estabelecimentos que exigem uso de máscaras atualmente.
Dessa forma as pessoas precisam escrever ou fazer algum gesto que o funcionário compreenda, mas nem todo mundo aceita tranquilamente ou não tem paciência para tentar outra comunicação.
Além disso, diálogos simples entre pessoas da mesma família e até situações mais complexas – como o acesso às notícias –, têm sido prejudicados e fazem com que os deficientes auditivos se sintam em um isolamento mais intenso que o restante da população, pois até jornalistas e governantes em pronunciamentos acabam tendo que usar a máscara e nem todos os canais e programas de TV utilizam a tradução em Libras.
Máscaras inclusivas
No entanto, existe uma ação coletiva chamada de “Máscaras Amigas” e pretende arrecadar itens de proteção com tela transparente, costurada ao redor da boca (veja na imagem ilustrativa desse post), permitindo a leitura labial, para doar aos familiares de deficientes auditivos residentes no Paraná e em São Paulo. Além disso, a campanha tem o objetivo de estimular o uso desse modelo em comércios e outros locais de atendimento à população a fim de facilitar o contato com deficientes auditivos que cheguem ao local.
Foto Divulgação e texto via Estadão